Olha, Miriã

Olha, Miriã
Você tem todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim
Infelizmente não tive tempo de perceber que era assim
E sempre adiei meu amor para o amanhã
Hoje só, olho as estrelas e elas não são as mesmas
Não tem o mesmo brilho, nem o arco-iris a mesma cor
Ela se foi, com ela toda alegria, amor e só restou dor
E sofrer é a minha única certeza
Outrora amor, agora desilusão
Mas deveria ter me preparado de antemão
Para ver o meu coração ser partido
Outrora sorrisos, agora lágrimas
E eu apenas posso deixar que as gotas caiam
Pois sem ela nem sei porque vivo

Refletindo

Meu olhei no espelho
O reflexo parecia falar comigo
Abri o armarinho e tomei meu antidepressivo
Escovei os dentes
Passei o enxaguante bucal
Fechei o armarinho
O reflexo agora esperava me ouvir
“Quero ir embora”
“Ir para onde?”
“Ir para longe”
“Longe de que?”
“De alguém”
“De quem…?”
“Dela”
“Por que?”
“Não aguento a dor de vê-la todos os dias”
“E…?” “Ontem eu mandei uma mensagem para ela, não queria que ela nem lê-se, nem responde-se”
“Então por que mandou?”
“Porque eu precisava dizer tudo aquilo”
“E vai embora?”
“Vou”
“Se você for embora, só vai doer mais,
Porque a ferida em teu peito se tornará um vazio e a dor…
Saudades
Enquanto a dor se aguenta
A saudade é insuportável”
Desliguei a luz e sai do banheiro
Eu não sei de nada mesmo

Ela

Ela fala sobre as estrelas
Sobre o futuro e o passado
Eu só quero ficar do seu lado
Questionando até minhas certezas

Nas covas de seu sorriso
Perdi minha razão
E sem exatidão
Levo ela comigo

Vejo sua foto na internet
Me sinto nervoso e fico inerte
Não sei nem o que sinto

Não sei mais o que faço
Por isso amaldiçoo o acaso
Por tê-la conhecido

O não existir

  • As promessas feitas
    Não existem mais
    Os amigos inseparáveis
    Não existem mais
    O eterno amor
    Também deixou de existir

    No meio de um quarto vazio de minha casa
    Existe, apenas por existir um monumento
    E por existir, vou observa-los durante alguns momentos
    E deixo meu coração criar asas

    O que já foi
    Não há mais de voltar
    E o que virá é o inesperado
    Que por certo não existe no passado

    Sinto saudades de sorrisos
    E sinto saudades da falta de problemas
    Mas esse é o meu dilema
    A solidão ou a nostalgia?

    Assumo,confirmo e repito
    A perfeição está no passado
    Saudades no peito que trago
    Tal qual a fumaça de meu cigarro

Compasso

o contra-pé do compasso
Passa o tempo e eu mesmo passo
Sem oriente, sem orientação
Sem calor, motivo ou razão

Passo no compasso marcado no acaso
Por acaso passo, me levanto e meio parco
Surge o dia no horizonte
Vindo de leste e em oeste se põe

Não sei que faço, já não por cansaço
Mas esse passo, no acaso e no tempo e espaço
Nessa distância percorrida por dias e quilômetros
Gravados nas estrelas como um quadro astronômico

Não sei o que sei
Se fiz não lembro
Já estamos em setembro
E não fiz nada de minha vida

Cada dia que passa
Passa mais um dia
Cada hora que vai não volta
E eu espero que ela bata em minha porta

Saudades

Há um momento
Enquanto caminho nas ruas
Que eu quase lhe esqueço
Por um suspiro, um segundo, um único pensamento
Tão rápido que não dura um momento
Esqueço a solidão, vejo na rua tons de pele, fragrâncias, olhares, detalhes, sorrisos S
into que encontrei a resposta para não estar mais sozinho
E essas moças que vejo
Quase, só quase despertam o meu desejo
Porque não demora muito para que eu perceba a verdade
Não era nada de desejo, era saudade
Sua, apenas de você
E de mais ninguém

Solidão

Durante um pulo de meu coração
Um nanosegundo, as vezes nem isso
Me vi diante de quase um martírio
Na negação de uma emoção

Distância, essa que nos separa
Machuca, fere e corta
Maior ferida é ver que tu não se importa
Com essa situação que meu coração empala

Me perco na métrica
Não sigo convenções procuro sentimento, caço emoções
E condenado a um amor não correspondido como à uma cadeira elétrica

Saiba tu, solidão
Que não sentes por mim, o que sinto por ti
Mas sem ti já não vivo
Não respiro nem durmo
E por isso já não me iludo
Meu medo é não lhe ter, mesmo lhe tendo
Não ser dono de seus sorrisos
E não estar em seus sonhos mais íntimos
Insegurança essa, solidão, que ganha força, quando somes e não volta
Quando eu digo meus sentimentos e você diz que não se importa
E que não vale nada quem fomos e nem quem seremos

O diário secreto de uma dona do lar ou O trágico fim de Odete

Personagens:

  • Odete Rodrigues – Dona de casa de 40 e poucos anos   
  • Alfredo Rodrigues – Marido de Odete, já passou dos 50 anos
  • Carlos Rodrigues – Filho de Alfredo e Odete, 17 anos 
  • Joaquim Rodrigues – Também filho de Alfredo e Odete, 11 anos
  • Pequena Rodrigues  – Filha do casal, 7 anos
  • Claudia – Melhor amiga de Odete e amante de Alfredo
  • Entregador de Leite – Homem de 30 anos, entrega leite na casa de Odete desde que Carlos nasceu
  • Carteiro/Paulo – Homem de 25 anos, começou a trabalhar de carteiro recentemente, namorado de Sofia
  • Sofia – Vizinha da família Rodrigues, universitária de 25 anos
  • Maria – Personagem fictício criado por Odete
  • Ana – Personagem fictício criado por Odete
  • Marcos – Personagem fictício criado por Odete

 

Peça dramática em 4 atos 

 

Ato I – Cena I

Local: Sala de Jantar da família Rodrigues

[uma mesa é posta com 6 cadeiras, Odete está de vestido com um avental por cima, tem bobs no cabelos que estão escondidos por um lenço, ela está preparando a mesa para o jantar]

ODETE: *Cantarola um trecho de Cotidiano* Todo dia ela faz tudo sempre igual…me sacode as seis horas da manhã *finaliza a arrumação da mesa antes de terminar a primeira estrofe da música, começa a listar tudo o que tem na mesa, como se confirmando que está tudo pronto* Café, suco de laranja, pão, manteiga, queijo, mamão, etc etc, está tudo pronto! *para fora de cena* Querido, crianças, o café da manhã está servido! *espera um pouco, como não há resposta, repete* O CAFÉ DA MANHÃ ESTÁ SERVIDO!

*fora da cena*CARLOS: JÁ VOU MAMÃE!

*entrando em cena pela esquerda*ALFREDO: Bom dia, querida, vejo que hoje você se superou *dá um beijo na bochecha de Odete, que fica ruborizada*

ODETE: Para o meu maridinho, só o melhor

*Se senta e pega uma xícara de café*ALFREDO: Nada melhor para começar o dia do que uma boa xícara de café preto

*entrando em cena pela esquerda* CARLOS/JOAQUIM/PEQUENA: Bom dia, mamãe!

ODETE: Bom dia, meus filhos *beija cada um na bochecha repetindo* Jesus lhe abençoe *as crianças se sentam a mesa, finalmente Odete toma seu lugar*

ALFREDO*para CARLOS*: Como está a escola, meu filho, quando eu vou poder ver o seu boletim?

CARLOS: O boletim só sai semana que vem, papai.

ALFREDO: Mas o boletim de seus irmãos já saíram, você está mentindo para mim?

ODETE: Eu acredito em nosso filho, Alfredo, ele já está no ensino médio, tem mais matérias, os professores devem levar mais tempo para corrigir as provas e entregar o boletim, foi assim na unidade passada, porque não será assim nessa unidade?

ALFREDO: Você tem razão, Odete. Desculpe seu pai, meu filho, o trabalho tem me estressado muito

ODETE: Não se preocupe, querido, ele sabe que você não faz por mal, você é apenas um pai preocupado.

*seguem-se conversas aleatórias sobre o tempo, notícias populares, etc. Seria interessante que temas atualizados fossem comentados nesse momento*

ALFREDO *olhando para o relógio*: Nossa! Olha que horas já são, se não me apressar vou me atrasar para o trabalho *se levanta, dá um selinho em Odete, segue beijando todos os filhos na cabeça, chega em Carlos e lhe dá um tapinha no ombro* Até mais tarde, queridos. *sai de cena pela direita*  

ODETE*para Carlos*: Não se irrite com seu pai, ele é assim mesmo, e você já sabe disso. 

CARLOS: Eu sei, mamãe, eu sei.

*Buzina de carro*ODETE*se levantando*: Chegou o transporte de vocês *gritando para o carro do transporte* JÁ VAI! JÁ VAI! Vamos, não se esqueçam de pegar o almoço de vocês *dá um beijo em cada um de seus filhos* até logos meus pequenos, até logo minhas crianças

[DESCE O PANO, FIM DA PRIMEIRA CENA]

Virtualidade Real – Capitulo 1

-Senhor Anthony, o responsavel pela campanha de marketing pergunta sobre a data de lançamento do Third Life- Disse uma voz pelo comunicador de mesa do senhor Diogo Anthony, Diretor da empresa Livid Centaur e Entreternimentos, era a voz da sua secretria, a jovem Mary anne, que perguntava uma informaçao desnecessaria, a voz melancolica do senhor Anthony sono melancolica aos ouvidos da jovem secretaria- Possivelmente pra semana que vem.

A alguns anos uma empresa de informatica, cujo o nome me foge a memoria agora criou uma maneira de transferir informaçoes diretamente entre cortex cerebral e computador, com o tempo, a evoluçao desse aparato levou para que fossem desnecessaria o uso de monitores, pois o proprio aparato criava a imagem dentro do proprio cerebro da pessoa, no lançamento do primeiro prototipo desse aparato a empresa Livid Centaur(encabeçada pela mente brilhante de Diogo Anthony, jovem empresario viciado e criador de jogos), assinou um contrato de confidencia com a empresa criadora desse aparato para que qualquer software de jogo seria criado pela Livid Centaur, e o momento estava chegando.

Durante os ultimos 5 anos até o dia de hoje 97% dos trabalhadores da Livid Centaur se esforçaram para desenvolver a inteligencia artifical de J.U.L.I.A, nome da falecida irma gemea do proprio Diogo Anthony, morta em um acidente de carro quando ambos tinham 17, e agora com 28 anos completos Diogo finalmente presta uma homenagem pra sua irma.

J.U.L.I.A foi criada para ser nao apenas um servidor para um jogo de MMO, ela foi criada principalmente para ser a propria administradora do servidor, estudando posibilidades, razoes, ideias, ideologias. Dando para ela sabedoria, num dos ultimos estados do desenvolvimento o proprio Diogo Anthony interferiu na modelizaçao da aparencia de J.U.L.I.A, que agora possue os traços que seriam do proprio senhor Anthony, mas de maneira feminina e infantil, a irma de Diogo virava um programa de computador, e logo alimentou J.U.L.I.A com as memorias que ele proprio tinha de momentos juntos com as sua irma.

Diogo voltou ao seu escritorio, tinha dado a ordem apra que ninguem pertubasse ele na paz do seu escritorio, sentou na sua cadeira executiva, tomou com as duas maos o aparato, suspirou, e colocou na propria cabeça, deitou na poltrona, fechou os olhos e lentamente entrou numa viajem para um lugar inexistente…

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